A Cooperação Académica Brasil-África

O processo da imigração estudantil africana não é um fenômeno novo. Já no período colonial, jovens assimilados africanos, dotados de um certo capital social, iriam para metrópole cursar o ensino superior. Destaca-se também o esforço dos novos Estados africanos pós-independência para implantar o processo da emancipação escolar das suas populações, uma vez que o regime colonial restringia o seu acesso. O processo da escolarização da população do continente africano é datado antes da invasão colonial, razão pelo qual, o colonialismo mesmo tendo selecionado e preparado uma pequena parte dos assimilados, segundo o seu modelo de ensino, não conseguiu fazer com que a maior parte destes desraizasse da sua origem social e tradição. Trata-se, no entanto, de um encontro entre a tradição e a modernidade. O PEC-G é um dos instrumentos de cooperação educacional mais antigo do qual o Brasil dispõe com os Estados africanos no
mbito da cooperação Sul-Sul. A inserção dos jovens africanos nas universidades brasileiras por meio do PEC-G, consiste na aquisição de capital cultural por meio da conquista do diploma universitário.