Feminismos plurais: O que é encarceramento em massa? (ePub)
(Sprache: Portugiesisch)
O livro "O que é encarceramento em massa?", da série Feminismos Plurais, tem a intenção de introduzir e estimular homens e mulheres sobre uma pauta que tem cada dia mais ganhado centralidade na luta antirracista.
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Produktinformationen zu „Feminismos plurais: O que é encarceramento em massa? (ePub)“
O livro "O que é encarceramento em massa?", da série Feminismos Plurais, tem a intenção de introduzir e estimular homens e mulheres sobre uma pauta que tem cada dia mais ganhado centralidade na luta antirracista.
Em um primeiro momento, pode parecer estranho linkar feminismo negro e encarceramento em massa como pautas que se encontram e interseccionam. Infelizmente, nossa realidade tem trazido à tona que o reordenamento sistêmico para manter desigualdades baseadas em hierarquias raciais tem operado suas engrenagens na interseccionalidade cada vez mais profunda das opressões racista, machista e classista.
Entre 2006 e 2014, a população feminina nos presídios aumentou em 567,4%, nos colocando no ranking dos países que mais encarceram no mundo, ficando no 5º lugar. 67% destas mulheres são negras e 50% são jovens.
Então, como podemos falar em democracia racial no Brasil, quando os dados nos mostram um sistema prisional que pune e penaliza prioritariamente a população negra? Como podemos negar o racismo como pilar das desigualdades no Brasil sob este quadro? Simplesmente, não podemos.
O Sistema de Justiça Criminal tem profunda conexão com o racismo, sendo o seu funcionamento mais do que perpassado por esta estrutura de opressão. O Sistema de Justiça Criminal tem sido dos principais aparatos de uma reordenação sistêmica para garantir a manutenção do racismo e, portanto, das desigualdades baseadas na hierarquização racial.
Neste livro, queremos apresentar e discutir estas questões, colocando as principais visões de especialistas e ativistas sobre o tema, notadamente mulheres e homens negros. Passaremos, com isso, pelos pensamentos de Sueli Carneiro, Thula Pires, Angela Davis, Michelle Alexander, Achille Mbembe, Vilma Reis, Ana Flauzina e uma série de outros pensadores e pensadoras que nos colocam como este momento de grave crise sistêmica tem operado para que se reordene as hierarquias de opressão, em modelos e funcionamento que só garantem a vida dos 1% mais ricos. Além das análises e problematizações sobre o tema, abordamos brevemente saídas radicais, principalmente a partir das formulações de Angela Davis, frente a um acirramento nas relações sociais e cada vez maior concentração de renda, controle e extermínio, no que temos chamado "capitalismo da barbárie". Neste novo momento, é sobre as vidas negras e indígenas que o sistema acelera sua política de extermínio. E isto nos pede maior radicalidade na formulação e na ação.
Em um primeiro momento, pode parecer estranho linkar feminismo negro e encarceramento em massa como pautas que se encontram e interseccionam. Infelizmente, nossa realidade tem trazido à tona que o reordenamento sistêmico para manter desigualdades baseadas em hierarquias raciais tem operado suas engrenagens na interseccionalidade cada vez mais profunda das opressões racista, machista e classista.
Entre 2006 e 2014, a população feminina nos presídios aumentou em 567,4%, nos colocando no ranking dos países que mais encarceram no mundo, ficando no 5º lugar. 67% destas mulheres são negras e 50% são jovens.
Então, como podemos falar em democracia racial no Brasil, quando os dados nos mostram um sistema prisional que pune e penaliza prioritariamente a população negra? Como podemos negar o racismo como pilar das desigualdades no Brasil sob este quadro? Simplesmente, não podemos.
O Sistema de Justiça Criminal tem profunda conexão com o racismo, sendo o seu funcionamento mais do que perpassado por esta estrutura de opressão. O Sistema de Justiça Criminal tem sido dos principais aparatos de uma reordenação sistêmica para garantir a manutenção do racismo e, portanto, das desigualdades baseadas na hierarquização racial.
Neste livro, queremos apresentar e discutir estas questões, colocando as principais visões de especialistas e ativistas sobre o tema, notadamente mulheres e homens negros. Passaremos, com isso, pelos pensamentos de Sueli Carneiro, Thula Pires, Angela Davis, Michelle Alexander, Achille Mbembe, Vilma Reis, Ana Flauzina e uma série de outros pensadores e pensadoras que nos colocam como este momento de grave crise sistêmica tem operado para que se reordene as hierarquias de opressão, em modelos e funcionamento que só garantem a vida dos 1% mais ricos. Além das análises e problematizações sobre o tema, abordamos brevemente saídas radicais, principalmente a partir das formulações de Angela Davis, frente a um acirramento nas relações sociais e cada vez maior concentração de renda, controle e extermínio, no que temos chamado "capitalismo da barbárie". Neste novo momento, é sobre as vidas negras e indígenas que o sistema acelera sua política de extermínio. E isto nos pede maior radicalidade na formulação e na ação.
Autoren-Porträt von Juliana Borges
Juliana Borges é pesquisadora em Antropologia na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, onde cursa Sociologia e Política. Feminista Negra interseccional, antipunitivista e antiproibicionista, é colunista dos sites: Justificando; Blog da Boitempo; Fundação Perseu Abramo e Revista Fórum. Foi articuladora política da Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas (INNPD), assessora da Secretaria de Governo Municipal e Secretária-Adjunta da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo. Estudou Letras na Universidade de São Paulo.
Bibliographische Angaben
- Autor: Juliana Borges
- 2018, 144 Seiten, Portugiesisch
- Verlag: Editora Letramento
- ISBN-10: 8595300895
- ISBN-13: 9788595300897
- Erscheinungsdatum: 17.05.2018
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eBook Informationen
- Dateiformat: ePub
- Größe: 1.31 MB
- Ohne Kopierschutz
Sprache:
Portugiesisch
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