Moço! (ePub)

Filho mais velho de uma família de onze irmãos, nascido em Poaia, pequeno vilarejo em Santa Maria do Suaçuí, nos rincões de Minas Gerais.
Artênio Fonseca viveu até os doze anos sem contato algum com televisão, livros, energia elétrica, telecomunicações ou qualquer infraestrutura de uma cidade normal.
Iniciou cedo no trabalho, na lida da fazenda de seu pai. Seu contato com a literatura iniciou pela iniciativa da diretora da escola onde cursou o primário, que, por incrível que pareça, era analfabeta, porém tinha um desejo extraordinário de ver seus alunos terem um caminho diferente do seu.
Instituiu, então, naquela instituição, que cada sala que abrigava alunos de primeira à quarta série no mesmo ambiente, respectivamente, teria a cada ano um patrono, um escritor. E, assim, a cada ano deveriam aprender tudo sobre seus patronos: Olavo Bilac, Machado de Assis, Cecília Meireles etc. Sua alfabetização formal foi afetada, mas a literária incrementada, embora não tomasse contato com livros físicos.
Aos doze anos migrou para São Paulo, fugitivo da seca, e de lá não saiu mais.
Leu seu primeiro livro aos catorze anos, Memórias de um cabo de vassoura, de Origens Lessa - um livreto de bolso encontrado no lixo.
Ao dezesseis ingressou no curso de teatro do "Teatro Núcleo" na periferia da zona leste de São Paulo, discípulos de Augusto Boal.
Seguiu em militância cultural no movimento MPA (movimento popular de arte) de São Miguel Paulista, em projetos de fomentação e resistência cultural na cidade.
Foi orientador cultural do Projeto Cultura na Cidade SMC/SP, ator, diretor e autor do monólogo Soldado Jesus, diretor do espetáculo Muro de Arrimo, de Carlos Queiroz Teles, com João Acaiabe, coordenador da equipe de teatro dos projetos Circo-escola e Turma na Rua Projeto Enturmando. SCBS/SP e cofundador da Associação Elenko/KVA.
Atuou como produtor musical e protagonizou projetos de arte educação em escolas de São Paulo.
Atualmente, escreve em sua página no Facebook como autor