Na prisão (ePub)

Egon Schiele (Áustria, 1890-1918), apesar de sua curta vida e de uma fase de criatividade artística de dez anos, conseguiu deixar um trabalho surpreendentemente grande. Inclui mais de 2.500 trabalhos em papel e mais de 330 pinturas em madeira ou tela - sem contar seus numerosos blocos de esboço. Schiele, filho de um funcionário ferroviário que trabalhou na estação Tulln no Danúbio, é considerado um dos pioneiros do expressionismo na Áustria com Klimt e Kokoschka.
As mulheres com as quais conviveu foram suas musas. Com guache, lápis, aquarela e papel grosso, desenhou cada uma delas: sua irmã Gerti; sua amante de 17 anos, Valerie (Wally); sua esposa, Edith; e, sua cunhada, Adele.
Schiele uniu-se a Wally quando tinha 21 anos e ela 17. Logo saíram de Viena e foram morar na cidadezinha de Krumau. Rejeitados pela sociedade local, devido ao hábito de Schiele pintar adolescentes, mudaram-se para Neulengbach. A casa tornou-se ponto de encontro de adolescentes. Novamente foram rejeitados socialmente.
Edith Harms entrou na vida do pintor em 1915, neste mesmo ano se casaram. O reconhecimento artístico chegou três anos depois. O pintor foi convidado a participar de uma exposição em Viena, onde expôs 50 obras. O sucesso da exposição foi o sucesso de Schiele.
A morte rondava a vida do artista. Edith, grávida de seis meses, foi vitimada pela gripe espanhola. Schiele a acompanharia três dias depois. Nos poucos dias que antecederam à sua morte, Egon Schiele ainda produziu alguns retratos da esposa. Foram seus últimos trabalhos.

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